Gargalos logisticos Enquanto a média geral de gastos foi de 8,5% em relação à receita líquida, o
setor de bebidas gastou 12,1%. As deficiências da infraestrutura logística brasileira permeiam
todos os setores de transporte. Rodovias, portos e aeroportos sofrem com a falta de investimento,
afetando a demanda e elevando os gastos
O gargalo atinge empresas de vários segmentos, mas os setores de bebidas é um dos que mais
gastaram com logística no ano passado, segundo a pesquisa Custos Logísticos 2011, do Instituto
de Logística e Supply Chain. Enquanto a média geral de gastos foi de 8,5% em relação à receita
líquida, o setor de bebidas gastou 12,1%.
As deficiências da infraestrutura logística brasileira permeiam todos os setores de transporte.
Rodovias, portos e aeroportos sofrem com a falta de investimento, afetando a demanda e
elevando os gastos. De acordo com o Banco Mundial, o custo da logística no Brasil equivale a 20%
do PIB, o dobro dos países ricos.
Transporte e armazenagem são principais gargalos para competitividade logística no Brasil
Os maiores custos logísticos no país estão relacionados ao transporte de longa distância (38%),
curta distância (16%) e armazenagem (18%). Os dados foram divulgados em uma pesquisa da
Fundação Dom Cabral que avaliou as despesas com logística em relação à receita de 126
empresas brasileiras em 2012. Em alguns setores, como o de bens de consumo, os gastos afetam
diretamente o preço final dos produtos.
Fatores estruturais, como dificuldade de acesso e distribuição nas regiões metropolitanas, além de
estradas em más condições, reduzem a competitividade logística no Brasil, revela a pesquisa. Por
isso, a localização dos centros de distribuição é um fator muito importante quando se pensa em
resolver os gargalos logísticos no país. Uma das soluções apontadas pelos empresários seria a
maior oferta de plataformas de armazenagem nas regiões metropolitanas apenas 14 gargalos no comércio mundial de alimentos, mas eles são fundamentais para a segurança alimentar de
toda a população do planeta.
São portos e pontos de comercialização fundamentais para a compra, a venda e a distribuição de alimentos, de
acordo com um recente relatório da Chatham House, centro de estudos com base no Reino Unido.
Três deles estão na América Latina: o canal do Panamá, as rodovias do interior brasileiro e os portos do sul e
sudeste do Brasil.
Outros desses pontos de gargalo incluem o estreito de Gibraltar, as ferrovias do interior dos Estados Unidos, o
estreito de Hormuz (no Oriente Médio) e o estreito de Dover, no norte da Europa, por exemplo.
Mas as mudanças climáticas, a estrutura deficiente e as potenciais crises poderiam colocar em risco essas rotas
de comércio.
"Há pontos de gargalo marítimos (estreitos e canais), costeiros (portos) e terrrestes (estradas, ferrovias e
hidrovias), e o comércio global de alimentos depende fortemente deles", afirma o estudo.
"Interrupções em um ou mais desses pontos poderiam ter enormes impactos. Os preços globais dos alimentos, o
abastecimento de mercados locais, a sobrevivência de comerciantes e agricultores e a provisão de comida para
as comunidades mais vulneráveis dependem do movimento contínuo de bens através de fronteiras e oceanos."
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