Mesmos antes do agravamento da crise política e econômica, o governo de Dilma
Rousseff havia lançado um amplo pacote de concessão conhecido como programa de
investimento em logística, em 2012. No entanto, o projeto encontrou dificuldades
para avançar devido ao fato de não haver empresas suficientemente interessadas em
investir. O setor privado reclama das restrições impostas pelo governo na participação
dos Leilões ‐ as empresas não achavam o retorno financeiro suficientemente atraente
para um negócio considerado arriscado. Entre as condições colocadas pelo governo
para a parceria com o capital privado estava alimentação no período de concessão. Uma empresa que construísse uma Rodovia, por exemplo, poderia explorar
financeiramente por até trinta e cinco anos, período que o investidor is consideram
baixo para obter o lucro desejado. Além disso, as regras também fixavam uma taxa de
retorno máximo para investidores. Para o governo, essas regras eram necessárias para
garantir o retorno financeiro que considerava adequado aos cofres públicos e trazer mais benefícios aos usuários ao impedir que os investidores cobrassem preços
abusivos de empresas pessoas que utilizassem a malha de transportes. Com o
afastamento temporário de Dilma Após a aprovação do processo de impeachment do
Senado, em maio, o vice Michel Temer assumiu a presidência interina sinalizando que
deve flexibilizar as regras das concessões, com objetivo declarado de retirar os
''excessos de interferência do estado''. Seja qual for o modelo da concessão adotado,
o desafio do governo é atrair o capital privado sem que o estado perca a capacidade
de gerenciar os investimentos da matriz de transporte e garantir o retorno adequado
a sociedade.
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